A ideia principal que norteia estas visitas é que um bebê sozinho não existe. Ele surge acompanhado de sua mãe, de seu pai, de seus irmãos e de sua historia familiar. Zelar pela preservação dos vínculos afetivos familiares por meio de um acolhimento à família, é cuidar da saúde de todos os integrantes desse grupo e, portanto, garantir para o bebê um espaço mais saudável, capaz de colaborar para o seu desenvolvimento”, afirma Angélica Muniz, que junto com as psicólogas, Ramony Melo e Elcilene Nunes, formam a equipe de responsáveis pela iniciativa.
Quando os irmãos chegam, participam de um pequeno grupo de preparação. As psicólogas prepararam um bonequinho que simula o bebê com todos os dispositivos que possivelmente seu irmão esteja usando na UTI, como sondas, acessos venosos, curativos. Para o irmão, é então explicado como a criança está lá dentro. Observam-se suas expectativas, se ele tem alguma fantasia (por exemplo, se ele imagina um bebê muito diferente da realidade) e as psicólogas vão trabalhando essas fantasias com o irmão.
A visita é guiada. “O irmão entra conosco, todo paramentado, com os equipamentos de proteção individual. Ensinamos a higienizar as mãos, dizemos o que ele pode ou não fazer lá dentro e pedimos para ele conversar com o bebê. A última fase da visita é uma conversa, na qual eles nos contam como se sentem”.
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