RIO — A área da Grande Tijuca (Área de Planejamento 2.2) recebe nesta segunda-feira o mutirão de mobilização contra o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde. Segundo o último Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti, a Região, que engloba os bairros da Tijuca, Praça da Bandeira, Tijuca, Alto da Boa Vista, Maracanã, Vila Isabel, Andaraí, Grajaú, apresenta o terceiro maior índice de infestação do inseto na cidade: foram registrados focos do mosquito em 1,2 por cento dos imóveis visitados na área. Segundo o coordenador de saúde da área, Alexandre Modesto, o maior problema naqueles bairros são as larvas em pontos fixos, como caixas d'agua e ralos.
De acordo com Modesto, as ações têm o objetivo de buscar e eliminar possíveis focos do mosquito e reforçar a importância do envolvimento da população.
— Enquanto em outros bairro da cidade vemos focos em lixo, ali não temos este problema. Encontramos muitos focos em locais fixos dentro dos imóveis. Por isso, é importante os moradores ajudarem, evitando água parada. Todo mundo sabe o que fazer para combater o mosquito, basta que cada um faça sua parte — disse Alexandre Modesto.
Até agora, já foram feitas duas entradas compulsórias em imóveis naquele pedaço da cidade.
A SMS conta com mais de 3 mil agentes de vigilância ambiental em saúde. Segundo a SMS, as equipes estão diariamente em campo em toda a cidade, durante todo o ano. Em 2015, até o momento, foram feitas 9,476 milhões de visitas de inspeção em busca de focos do vetor, eliminando 999 mil depósitos e tratando outros 3 milhões.
— O trabalho dos agentes é orientar os moradores; eliminar os depósitos e tratar aqueles que não podem ser eliminados para evitar a proliferação dos focos. No caso das caixas d’água, por exemplo, nossos agente doam capas para serem colocadas nas caixas que estão sem tampa ou com tampa quebrada.
O ingresso compulsório em imóveis fechados ou abandonados – quando o proprietário não entra em contato para liberar o acesso dos agentes – é feito baseado no decreto nº 34.377, de 2011. Este ano, os agentes de vigilância ambiental fizeram 1.087 notificações em imóveis que estavam fechados na primeira visita, com 83 publicações em Diário Oficial para entrada compulsória. A grande maioria dos proprietários procurou a SMS, após a notificação ou dentro do prazo estipulado no DO, abrindo o local para permitir a vistoria. Em 58 imóveis, no entanto, os agentes precisaram fazer a entrada compulsória permitida pelo decreto. Até agora, já foram feitas duas entradas compulsórias em imóveis da Grande Tijuca. Um dos casos era de uma casa abandonada, outro, era da residência de uma pessoa que sofria de transtornos mentais e, por isso, não abria a porta.
Este é o terceiro mutirão de mobilização, que a cada semana vai a uma área da cidade com diferentes atividades. As ações já aconteceram, na primeira semana, nas regiões de Madureira e adjacências e Santa Cruz e Sepetiba; e, na segunda, em Campo Grande. Depois da Grande Tijuca, a região seguinte a receber o mutirão será a da Ilha do Governador e Grande Leopoldina (AP 3.1), a partir do dia 4 de janeiro de 2016.
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