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Cegonha Carioca aposta em parto humanizado


A história da cegonha, que traz o bebê embrulhadinho e pendurado no bico, encanta a imaginação das crianças. Hoje, cerca de 170 mil gestantes já podem contar a versão real do conto para seus filhos. Só que dessa vez, a cegonha é carioca.


O programa Cegonha Carioca, implantado em 2011 pela Prefeitura do Rio de Janeiro, tem como principal objetivo garantir uma experiência humanizada do pré-natal ao pós-parto. A mulher é acolhida desde a primeira visita à unidade de saúde e fica sabendo, antecipadamente, em qual maternidade será atendida no dia do parto. Com tantos cuidados e acompanhamento eficaz, o programa busca reduzir a taxa de mortalidade infantil na capital carioca e oferecer conforto às mamães.


O Cegonha Carioca defende o parto humanizado e trabalha para diminuir o número de cesarianas e promover mais partos naturais, seguindo a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).


Durante o parto humanizado, a mulher pode se movimentar livremente e ficar na posição que achar mais confortável. A intensidade da luz e a temperatura também são pensadas para o conforto total da gestante, que pode e deve solicitar a presença de um acompanhante de sua confiança. Durante o trabalho de parto, a mulher usufrui de técnicas não farmacológicas para alívio da dor – como banhos quentes, exercícios relaxantes, uso de óleos aromáticos e massagens. Não há indução do parto por meio de métodos artificiais nem cortes.


A Maternidade Maria Amélia, localizada no centro da cidade, já nasceu no modelo humanizado e possui os menores índices de cesariana da rede municipal. A maternidade recebe grupos de gestantes todos os dias, que chegam a partir dos postos de saúde.


Em uma visita acolhedora, as futuras mamães têm a oportunidade de conversar abertamente com diversos profissionais como nutricionistas e enfermeiras. Carlos Olinto, psicólogo que geralmente participa das reuniões nessa unidade, aconselha a valorização da experiência individual do parto:

– Não tragam a experiência da colega, da tia, da prima ou da avó. Essa é a historia da sua vida e do nascimento do seu filho. Ninguém pode viver a experiência do outro e eu sei que ninguém fala coisas boas para vocês – disse.


Lucilena dos Santos participa do programa e já recebeu o enxoval do bebê Foto: Marcelo de Jesus




Como fazer parte dessa história


Todas as gestantes que fazem o pré-natal em uma unidade pública de saúde no município do Rio de Janeiro recebem o Passaporte Cegonha, com todas as informações relacionadas ao pré-natal. Elas ficam sabendo, antes do parto, em qual maternidade terão seus bebês e têm a oportunidade de visitar o local junto com um acompanhante.

A visita é agendada a partir do 7º mês da gestação, e, no final da gravidez, ela recebe de presente o Enxoval Cegonha. A maternidade também conta com grupos de apoio e cursos de participação voluntária e gratuita. Quando chega a hora do parto, as futuras mamães contam com ambulância exclusiva que a busca em casa e a leva até a maternidade.

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